SONETO DE DESVENTURA
Ébrio de luz, vou caminhando a passos trôpegos
Por esta vida erma sem rumo certo, sem direção…
N’alma a lembrança de alguns momentos lôbregos
Que impiedosamente me esfacelaram o coração!
Os pés calosos sobre a imponente estrada ríspida
Estão cansados de tanto caminhar buscando amores.
Desiludidos de pisar a insuportável vida insípida
Buscam um consolo ao menos na Catedral das Dores!
Mas não o encontram, pois a vida é desventura,
Desilusão, infortúnio, sofrimento, amargura!
De causar inveja ao padecer do patriarca Job!
E correm em vão em busca de um milagre. Mas
As portas todas se fecharam e em lágrimas
Minh’alma então procura o elixir da Poesia! E é só!
Melgaço, Pará, Brasil, 5 de junho de 2010.
Composto por Léo Frederico de Las Vegas.
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