DESEJO
Despojou-se do seu recato
indulgente do seu pecado
corpo languido, exteuado
inerte como um retrato...
Volúpia que soou mais que a palavra
corpo remete o que a alma deseja,
beleza insólita d'uma vida tão efêmera
prazer é poesia, amor que o corpo verseja
Penhoar de renda em tule, na cor preta
marcas de amor deixaram como sinais
na formosura que denota tua silhueta...
E o orvalho da noite lascivamente
teceu sua delicadeza tão ardente
De uma mulher, uma fêmia faminta...