FATO HABITUAL

Raios solares atravessam a janela e abram meus olhos diretamente.

O vento vem pela janela afagar meu rosto em prol de um belo dia.

Morfeu sem dó tirou-me do mundo onírico. Evacuou minha mente.

A vontade roxa de beber café me arranca da cama sem hipocrisia.

A minha mente tenta me aliar com tempo e localização no espaço.

Querer tomar café não denota que ele esteja pronto. Faço a bebida.

Na primeira dose meu eu se une a minha lucidez num forte abraço.

Pronto. Posso celebrar cônscio uma nova aliança com a êmula vida.

Vou ao banheiro. Esvazio a bexiga. Limpo as tripas e tomo banho.

O dia hoje ensolarado aguarda pacientemente que eu deixe a casa.

O convite tinha que ser aceito. Não o aceitar é que seria estranho.

Dente escovado. Corpo limpo. Roupa decente. Grato por estar vivo.

O leão que tenho que matar a cada dia me aguarda. Não tem asa.

Se tivesse seria um grifo, ser mitológico. Meu rival é mais coercivo.

O FILHO DA POETISA

Filho da Poetisa
Enviado por Filho da Poetisa em 21/04/2024
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