CÉU DA LIBERDADE
Era eu naqueles cravos, nas metralhas,
E tu também no mesmo encarnado,
Foi todo um povo, ali, que já cansado
Se fez Abril em flores, sem batalhas!
Calaram-se as divisas, do alto estado,
Ante a Nação Valente de cangalhas...
Dos Homens verde-sangue às escumalhas,
Não se morreu um só, foi sem pecado!
A guerra foi do grito, a voz dum povo,
A debandar de si o estado novo
Que, de novo, caduco era à verdade!
Morreu somente o velho despotismo,
A opressão... a censura... e, do abismo,
Abriu-se a nós o céu da liberdade!
20-04-2024