Sincronicidade

Carrego no bolso a chave sintética

entre meu sincronismo e todo o cosmo.

Jaqueta preta de tom da tragédia 

orna o meu acaso cético do corpo.

Volto do trabalho vendo essa média

que separa meu eu vivo do meu eu morto;

será a estrela celeste a tolda ética

que me navega o ar divino do assopro?  

A poesia não responde os porquês:

o oposto, vê a putrefação da mente

logrando motivos de se ser doente

no mundo atomizado em seu murmúrio.

Vejo o evento sincrônico e na vez

que o sentido morre, vivo o eu telúrico.

Reirazinho
Enviado por Reirazinho em 19/04/2024
Código do texto: T8045217
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