RAPUNZEL

 

Série: CONTOS DE FADAS

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Na homérica solidão da vasta torre

Ei-la, infeliz e condenada a fenecer

Sem entregar-se a seu amado, sem receber

Uma carícia sequer, vivendo como quem morre.

 

Na hora extrema quem a poderá valer?

O Príncipe esbaldou-se e está de porre.

E, se, nem o lacaio palaciano a socorre

Certamente a Princesa vai perecer

 

Nas terríveis mãos da bruxa malvada

Em cujos punhos há uma faca afiada

Brandindo horrores até mesmo contra o céu.

 

(Ah, quem me dera ser aquele a quem amas

E eu enfrentaria bruxas frias ou em chamas

E te libertaria, inacessível Rapunzel!)

 

Melgaço, Pará, Brasil, 9 de dezembro de 2010.
Composto por Daniel Jônatas M. de Queirós Mauá Jr.
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