Magia
A rosa viva, púrpura, nascida
na eterna meia-noite das saudades,
se morre a cada rude despedida,
em todas elas ousa sonhos jades.
Suspira seus desejos entre as grades
das lágrimas de sal e não duvida
que doura as suas tantas frialdades
no espelho de onde verte fogo e vida.
Ao fim da noite, quando vence a morte,
agita as asas, rompe o vil casulo
e veste-se do sonho violeta!
Arrisca um voo e então inspira forte
e ardentemente... o medo agora é nulo...
além de ausências voa... É borboleta!