TARDE DEMAIS!
Eu, que te esperei por toda a vida...
Na ilusão enlanguescida do sonhar
Eu, que fui botão de rosa adormecida,
Agora, sem mais pétalas a murchar!
Eu, que durante a vida inteira,
Dediquei-te os melhores dias
A lágrima vã e derradeira...
Sobre minha face branca e fria!
Eu, que minuto a minuto...
Fiz da vida meu próprio luto...
A cair meu pranto mais e mais...
Tu chegas agora, olha-me o rosto,
Pálido, se já morri! Tantos desgostos!
Pede-me pra ficar... Tarde demais!