CÁRCERE PRIVADO
Silva Filho
Estava sóbrio dirigindo minha vida
Pelas estradas enfeitadas de poemas
Um paraíso construído de fonemas
Que tem entrada, mas não tem uma saída!
Tomei um drinque, com minh’alma entretida
Fiz um rascunho dissecando outros temas
(será novela ou roteiros pra cinemas?)
Vou rascunhando alguma coisa induzida!
Nesse caminho existe um ímã ativado
Conduzindo o incauto ao cárcere privado
Condenado a versejar a vida inteira...
Não há retorno para quem foi atraído
E não importa que seu verso seja lido...
Pois o destino estará na cabeceira!