Trilha Soturna
Sorriso, euforia, pranto, nada que muito me importe.
Minhas lágrimas são escassas, tipo chuva de granizo,
Podem até tripudiar de mim, enquanto agonizo,
De fato, permanecendo alheios à minha morte.
Só observo sucumbirem à vaidade, igual a Narciso.
Se soubessem o quanto me faz bem e fico forte,
Toda vez que me ferem, atirando-me à própria sorte,
Ficariam frustrados, e num itinerário indeciso.
Há tempos transito por uma trilha soturna,
Silente, apreciando a mesma paisagem noturna,
Assisto àqueles que perseguem alguma ilusão,
Enquanto temem a solidão, feito uma alma penada.
Logo, desfruto da verve de mais uma noite calada,
Daquilo que me ofertam as sombras e a escuridão.
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Thiago S. Sevla
31/03/2024 às 22:52