ALMA SOTURNA
O sol se debruçou sobre meu rosto
Um brasido a crepitar em chamas
Refulgentes horas de desgosto
No coração chagado que te ama!
Alma Soturna... divinamente pura!
Abra-se em flores de míseras vaidades
Tateio sombras em cinzas de amargura
No pátio alucinante da imortalidade!
A espalhar-se em pétalas de luzes
Esses espinhos a enfeitar as cruzes
São asas paradas do meu desejo;
Desvairada e tonta ando a vagar...
Leves passos em nuvens a flutuar...
Quimera d’Alma em sangrentos beijos!