A JUMENTA DE BALAÃO #MR#
Na estrada estreita, Balaão seguia,
Montando sua jumenta em desatino,
Mas Deus, zangado, enviou o anjo divino,
Para deter o caminho que ele queria.
A jumenta viu o anjo em sua via,
E fugiu, mas Balaão, mais furioso,
A espancou, sem saber o que era odioso,
Até que a voz dela, enfim, ele ouvia.
“Por que me bates, sou tua leal montaria,
Já te servi com fidelidade a vida inteira,”
Diz a jumenta, que a verdade trazia.
Balaão então, seu erro reconhecia,
E diante do anjo, se inclinava em reverência,
Perverso era o caminho que ele seguia.