Isto posto...

Passou um vento do teu verso em meu rosto

e senti gosto ruim em meus dentes

carentes de mim teus versos e repentes

crentes que estão fingindo desgosto.

Passa a mão, limpa o rosto, urgente;

Eu carente? Eu já sei do que gosto

não aposto no escuro, vou em frente,

olhando na lente o preço do imposto.

Já não posto pra ti um terço que faço

já não esgarço o papel como d'antes

amantes nos fomos de versos e malas

Mas já não exalas o verbo... é escasso,

portanto não caço a messe, amada...

Guarda teus versos e recolhe o que falas.

Josérobertopalácio

JRPalacio
Enviado por JRPalacio em 08/04/2024
Código do texto: T8037233
Classificação de conteúdo: seguro