NA CANTINA

No vai e vem nas mesas da cantina

Dançavam seus cabelos polidos,

Escuros… como a própria cafeína

Que ela servia aos desconhecidos.

Não era de hoje… e bem na surdina,

Que o aflorar destes meus sentidos

Debruçavam na figura feminina,

E na fantasia… de desejos contidos.

O fogo mudo consumia-me em cólera

E depois de tantas e tantas auroras

Queria saber se nela havia sinal de amor.

Confessar a ela… ah como eu já tentei

Mas essa frase foi a única que encontrei:

‘Gostaria de um café coado por favor’.

Wotson de Assis
Enviado por Wotson de Assis em 07/04/2024
Código do texto: T8036981
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