NA CANTINA
No vai e vem nas mesas da cantina
Dançavam seus cabelos polidos,
Escuros… como a própria cafeína
Que ela servia aos desconhecidos.
Não era de hoje… e bem na surdina,
Que o aflorar destes meus sentidos
Debruçavam na figura feminina,
E na fantasia… de desejos contidos.
O fogo mudo consumia-me em cólera
E depois de tantas e tantas auroras
Queria saber se nela havia sinal de amor.
Confessar a ela… ah como eu já tentei
Mas essa frase foi a única que encontrei:
‘Gostaria de um café coado por favor’.