SEM PRESSA

Não tenho forças mais para os confrontos,

Temo perder o gosto de viver,

Os meus neurônios de fracos já estão tontos,

Pedindo arrego pra sobreviver;

Estou a ponto de entregar os pontos,

Já não dou conta mais do meu dever,

Embora, às vezes, eu ache que estão prontos,

Os meus braços estão a perecer.

As minhas esperanças se arrefecem,

Os meus versos, de sonhos, se empobrecem,

E a vida, eu sinto, se evadir de mim.

Que bom se ela se for em boa hora,

De preferência que não seja agora.

Sem pressa, oh! Deus! Eu gosto dela assim.

Raymundo de Salles Brasil
Enviado por Raymundo de Salles Brasil em 07/04/2024
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