NAVEGAÇÃO
No peito meu, a essência marinha,
A calma imensa do oceano adentro,
Guardando segredos do meu centro,
Num vai e vem de ondas que a vida avizinha.
Naufrágios perdidos, memórias sombrias,
No tempo sem fim, o eterno tormento,
Rimas de ventos ecoam no vento,
Vida que segue em rotas vazias.
Solidão que entra, como uma lança,
Me arremessando contra o cais agora,
Mas sigo meu caminho, como uma dança.
Num veleiro, navego em direção à aurora,
Descobrindo segredos, sem lembrança,
Na imensidão do mar, a alma se explora.