Vozes cegas

O mugir das nervosas e cegas vozes

Orquestra o ritmo da vã cidadania

A fazer dançar a frágil democracia

No embalo dos seus mitos algozes

A razão, envergonhada, nada ferida

Num mar de tolices, insanidades

Afoga-se na destemperada realidade

Segue sem forças, nua, despida

Numa “idiocracia” dos falsos sentidos

A ordem é ouro de tolos dos bandidos

A corromper e corroer a nação também

Alimentam ao extremo o tempo perdido

O seu “eu” segue obscuro, enrustido

Ou não se conhece cidadão de bem?

Eraldo Gadelha Filho
Enviado por Eraldo Gadelha Filho em 04/04/2024
Código do texto: T8034776
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