ENTÃO O QUE É ISTO NO PEITO?
Será o amor um acaso, ou um destino,
Quando colide assim, vindo do nada,
Numa outra alma que, quando achada,
Surge como espelho sem escrutínio?
Será que a linha era já marcada,
Quando o tempo ainda era menino
E o universo, puro e matutino,
Era um cupido, de seta alargada?
Será que a gente não morre em vão
Que cada vida é passo, da missão,
De se chegar ao fim, de ser perfeito?
É alcançar, assim, a eterna união?
Se outra coisa é e não há razão,
Então que é isto que sinto no peito?
04-04-2024