Meu pecado

Desde o primeiro sol da madrugada

Até o tênue e último luar,

Você se prolifera, não há nada

Que eu faça que pareça te acalmar.

Pois suas sombras crescem mais internas,

Você se alastra em mim, sem distinção,

Nos meus olhos e mãos, nas minhas pernas,

Na minha mente, no meu coração.

Prefiro creer que em mim é estrangeiro,

Como peste que teima em me afligir,

Prefiro abominar o gosto e cheiro

Do pecado que não sei resistir.

Mas temo que a lascívia viva em mim

E a minha natureza seja assim.

Arthur Miranda Moreira
Enviado por Arthur Miranda Moreira em 03/04/2024
Reeditado em 04/04/2024
Código do texto: T8033740
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