Meu pecado
Desde o primeiro sol da madrugada
Até o tênue e último luar,
Você se prolifera, não há nada
Que eu faça que pareça te acalmar.
Pois suas sombras crescem mais internas,
Você se alastra em mim, sem distinção,
Nos meus olhos e mãos, nas minhas pernas,
Na minha mente, no meu coração.
Prefiro creer que em mim é estrangeiro,
Como peste que teima em me afligir,
Prefiro abominar o gosto e cheiro
Do pecado que não sei resistir.
Mas temo que a lascívia viva em mim
E a minha natureza seja assim.