O sétimo selo

Muitos os mortos: já a peste flagela,

Mais que aos homens, às mesmas esperanças;

Da mesma fé, desmancha as confianças

Dos que jurado haviam protegê-la.

Negros os céus, os campos; negra a estrela...

Dos anos fazem somente as mudanças,

Todas de vãs, e tristes seguranças,

Aos que a vida não têm, querer perdê-la.

Mas um dia, um José desadormece,

O leito deixa, beija o rosto à esposa,

Sai ao monte florido, que alvorece;

E entre as flores lá vê, em gloriosa

Vista, qual sol que ali luzindo ardesse,

Junto ao Menino a Virgem radiosa.