Soneto Livre à Madrugada
Plantonista das regulares mamadeiras
Tradutor de pesadelos e choramingos
Todos dias se tornam segundas-feiras
Sacrifício de desvelos sem amigos
Se me irrito, digo: - calma, é plantio
Se me empolgo: - calma é passageira
Um dia me abrigo, no outro passo frio
Se um dia folgo, já anseio sexta-feira
Despertares de desdobrados astrais
Resgates de sonhos arrebatadores
Recuerdos de memórias ancestrais
Assim vivo a vida, versos arrebatadores
Leio, amo, advogo, rezo e tento ser bom pai
E na partida, fé, poesias, epitáfios e flores
Decimar da Silveira Biagini