Canto da terra
Latejantes pulsos de ciprestes mastros
Envergados ao vento hasteado pendem
Suas folhas verdes flâmulas destas matas
Em que a lenha do forno do pão que assa
Vira na brasa e o perfume que irradia
Incendeia com cheiro de fumaça
O pio do quero-quero que o território marca
Inspiração que vai e vem como vento além
Assanha a mente em versos na alma
De querer sempre o bem do presente
A enxada afiada preparada
Para a luta da roça na invernada
Catando abrolhos dos brotos
Desta vida peregrina calejada