Canto da terra

Latejantes pulsos de ciprestes mastros

Envergados ao vento hasteado pendem

Suas folhas verdes flâmulas destas matas

Em que a lenha do forno do pão que assa

Vira na brasa e o perfume que irradia

Incendeia com cheiro de fumaça

O pio do quero-quero que o território marca

Inspiração que vai e vem como vento além

Assanha a mente em versos na alma

De querer sempre o bem do presente

A enxada afiada preparada

Para a luta da roça na invernada

Catando abrolhos dos brotos

Desta vida peregrina calejada

pedroluizalmeida
Enviado por pedroluizalmeida em 30/03/2024
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