Está consumado
Eu vi brilhar o cume da promessa
no dia de Quatorze de Nisã.
A vida sobre a morte — a vida expressa
nos olhos de Jesus, o Talismã.
E como copiasse a chuva espessa
que desabou dos céus esta manhã,
em sua face a lágrima confessa
ter consumado a compaixão cristã.
Eu vi. Eu era o prego e era o madeiro.
E estava, como estava o mundo inteiro,
cravando em sua carne cada espinho.
E quando o grande amor foi consumado,
eu vi aquele corpo pendurado,
por toda a raça humana, mas sozinho.