Campo de centeio
No recôndito do meu canto, sigo só,
Sem absorver um tempo, sem destino.
Extasiado de mim, sem retoques,
Esculpo na pedra, friso com desatino.
Em trôpegos passos, caio sem esperança,
De pousar no campo de centeio sereno.
No silêncio da alma, a solidão dança,
Ecoando meu lamento, sem ser pleno.
Mas na quietude do canto solitário,
Encontro força para me erguer.
Na escuridão, vislumbro um horizonte claro,
E nas asas da esperança, volto a viver.
Assim, na jornada da vida e do ensejo,
Encontro a luz mesmo no escuro lampejo.
No meu campo de centeio