SONETO DA SAUDADE IINDEFINIDA
Esse dia cinza, esse mar bravio,
Essa tristeza, essa dor, esse vazio.
Nem desconhecido, nem coisa sabida...
E essa saudade indefinida!
Essa ave solitária, essa praia deserta,
As mãos vazias, os olhos úmidos, a boca aberta.
A falta de direção, o sentido da vida...
E essa saudade indefinida!
Essa vontade de ter, estar e fazer
O que foi, fiz e fui e que se faz presente,
E que dói, diz e flui se fazendo ausente.
Saudade indefinida será ganhar ou perder?
Suspiros sentidos de natureza urgente.
Insólitas lembranças de dor pungente.