Nasce a madrugada! A noite morre...
Cantam os bem-te-vis na galharada,
E, a brisa mansa que lá fora corre,
Abranda o desalento da jornada!
Irrompe a aurora em ouro matizada...
Réstia de luz dourada me percorre,
E, toda a amargura n!alma arraigada,
Cede ao lume que brilha e me socorre!
E no meio de tanto encantamento,
Tua lembrança é benfazejo alento
A me trazer a vida e não a morte!
Mas, logo volta todo o desencanto,
Pois que a lucerna de vida, entretanto,
Traz também a saudade por consorte!