TRISTES BANDEIREIROS
Aí estão os pavões, quais bazulaques
De penas eriçadas, sem coroa,
Munidos de um poder que lhes destoa
E dos compadres que lustram os fraques...
É ver-lhes a soberba - luz à proa!
Ganância por trás cobre os achaques,
Enquanto os tolos seguem como claques,
Batendo as palmas por côdeas de broa!
Tristes os cegos que vão na cantiga
Da escória podre, da cheia barriga,
Que leva do povo o pão do trabalho!
Pior que os inchados, nos altos poleiros,
São os burros com palas - Bandeireiros!
A agitar os rabinhos prò vergalho!
26-03-2024