Velhos medos

Quarta-feira de Cinzas, tantas dores!

Findou-se o carnaval, as alegrias.

Retorno às minhas noites tão vazias,

longas horas de densos dissabores.

Recolho as minhas rotas fantasias,

e volto à solidão, em tristes cores.

Farrapos de amizade, vãos amores.

Sonhos que duraram por três dias.

Silenciados todos os folguedos,

Volto, inseguro, aos meus antigos medos,

a caminhar descalço sobre as brasas.

Desejo, agora, ao longo desta estrada,

um sol que faça alegre a caminhada

e, aos velhos sonhos, traga luz e asas.

Fernando Antônio Belino
Enviado por Fernando Antônio Belino em 24/03/2024
Código do texto: T8026981
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