A volta do poeta
Numa reviravolta da natureza,
Minhas lágrimas são solidão
E a minha carência é beleza…
Porque o que me falta é coração!...
E vou uivando, cachorro molhado,
Abandonado nesse mundo sujo…
Basta que me chamem de volta!
Quero o perdão pelo pecado vingado,
Porque meu arrependimento é refúgio
Na pena e no perdão… Ah, que revolta!
No fim, estou sozinho, sem amor… ninguém!
Se alguém me quiser de volta, não seja no além!…
Assim minha tristeza tem um ombro para chorar…
O do leitor… Receba-me de volta! Estou a implorar!...