Diz-me tu que buscando o teu amor
Singraste mares, rios e oceanos!
Varaste terras por meses e anos
Em procura fremente e sem pudor!
Que olhando os céus, embora com fervor,
Rogaste favores quase profanos!
Ouviste magos, desvendaste arcanos
Porém, sem nunca o ter a seu dispor!
Digo-te: Siga em frente rumo norte,
Pois, que o verdadeiro amor não é sorte,
Antes, é benção que já conheci!
Um dia, quando o achares, finalmente
Descobrirás que achaste, tão somente,
O vate que sempre esperou por ti!