LENDAS URBANAS #MR#
A LOIRA DO CEMITÉRIO
No cemitério, a loira assombrosa,
Em meio à noite escura e sepulcral,
Sua beleza, em tom sobrenatural,
Seduz os corações com sua prosa.
Seu cabelo dourado brilha, misterioso,
Entre as sombras e a luz celestial,
No campo santo, ela vagueia, afinal,
Em busca de almas em seu repouso.
Seu olhar hipnotiza, como um encanto,
E sua presença exala um ar sombrio,
Em sua essência, um toque de pranto.
A loira do cemitério, ser vazio,
Assombra os vivos com seu canto,
Num mistério eterno, ela se desfaz como rio.
CHUPA CABRA
Pelos telhados e na noite escura,
Espreita o Chupa-cabra, ser maldito,
Sua fome insaciável não tem cura,
Em busca de sangue fresco, aflito.
Criatura infernal, de olhar voraz,
Seu banquete macabro acontece,
Nas sombras, ele se esconde audaz,
Em busca de presas, sua sede aquece.
Sua presença causa arrepio e temor,
Na lenda sombria que se perpetua,
Chupa-cabra, ser aterrador.
Em noites de angústia e de lua nua,
O terror se espalha, o medo em torpor,
Chupa-cabra, criatura que atua.
A MORTE PODE CARONA
Na estrada escura, a Morte irrompe à vista,
Seu dedo esquelético aponta a vereda,
Carona ela suplica, a alma a conquista,
Desafia o viajante em sua jornada leda.
Seu manto negro, flutua no vento da noite,
Silenciosa, a ceifeira, de presença agourenta,
Ao viajante perdido, num triste açoite,
A Morte pede carona, em dança macabra, lenta.
Na penumbra da estrada, seu chamado ecoa,
Desperta medo e arrepios, no peito se aloja,
Assombrando o desavisado em sua alma atroa.
Oh, viajante incauto, ignorante em sua jornada,
A Morte, impiedosa, te convida a sua morada,
Em seu carro funesto, sem volta, desolada.
MULA SEM CABEÇA
Noite sombria, a mula passa em desatino,
Seu relincho horripilante corta o ar sereno,
Sem cabeça, mas com a chama em desatino,
Criatura maldita, ser sobrenatural obsceno.
Pelas estradas noturnas, em sua desgraça,
A Mula Sem Cabeça, alma perdida em tormento,
Chama incandescente em sua caça,
Terror latente em cada movimento.
Presságio sombrio paira no ar sinistro,
Na penumbra se oculta o mal pressentido,
Noturna aparição, lenda de terror distinto.
Viajante desavisado, ouve seu relincho,
O aviso da Mula, em tom de sussurro, sinistro,
Entre as sombras da noite, seu mistério nicho.
A MULHER QUE VIRA BICHO
Sob o luar que ilumina a escuridão,
Eis a metamorfose, a transformação,
Da dama que se torna fera voraz,
Sem razão ou piedade, ser, jamais.
Besta selvagem de natureza cruel,
Sua brutalidade não conhece réu,
Entre a humanidade, espalha o terror,
Sem compaixão, causa dor e pavor.
Nas noites de lua cheia, o seu poder,
Em sua forma animal, ela vê florescer,
A fúria e a selvageria sem igual.
A lenda da mulher que se transforma em bicho,
Um mistério que assombra, um segredo sobrenatural,
Eternizada na memória, em verso e prosa, eu a fixo.