Vento da noite

O vento está batendo na janela

E, insistentemente, pede entrada.

E sopra, ora brisa, ora rajada...

Que mesmo a poesia se cautela.

 

O vento é uma coisa intrigante!

Muda de direção frequentemente.

Ora é frio, ora é morno, ora é quente...

Traz a chuva, e a leva pra distante.

 

Neste instante, que o vento assobia,

Eu ponho a poesia de vigia,

Pertinho da janela, do meu lado...

 

Sob os lençóis, abraço o travesseiro...

Espero meu amor dormir primeiro

E, ao invés de rezar, fico calado.

Herculano Alencar
Enviado por Herculano Alencar em 22/03/2024
Código do texto: T8025693
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