Vento da noite
O vento está batendo na janela
E, insistentemente, pede entrada.
E sopra, ora brisa, ora rajada...
Que mesmo a poesia se cautela.
O vento é uma coisa intrigante!
Muda de direção frequentemente.
Ora é frio, ora é morno, ora é quente...
Traz a chuva, e a leva pra distante.
Neste instante, que o vento assobia,
Eu ponho a poesia de vigia,
Pertinho da janela, do meu lado...
Sob os lençóis, abraço o travesseiro...
Espero meu amor dormir primeiro
E, ao invés de rezar, fico calado.