TRAGÉDIA SOCIAL #MR#

Na miséria de viver sem cuidado,

A juventude se perde sem razão,

Desnorteada na triste situação,

De um destino marcado pelo fado.

A falta de educação é um pecado,

Que leva ao crime, à triste solidão,

À prostituição, à escuridão,

De um futuro incerto e indesejado.

Nas favelas e palafitas, a dor,

É companheira fiel a todo instante,

No seio de uma vida sem valor.

Sem senso crítico, sem poder avante,

São massa de manobra, em famor,

Em uma tragédia social constante.

Na miséria urbana, a triste sina

Da classe marginal sem voz nem vez,

A sociedade vê, mas não se fez

Capaz de enxergar a dor genuína.

Nas vielas escuras, a luz se extingue,

E o grito abafado ecoa em vão,

Enquanto o desamparo faz-se pão

Na mesa de quem nada possui, singue.

É trágico o cenário que se espraia,

Onde a esperança morre sufocada,

E a desigualdade nos ensaia.

No teatro cruel da vida estragada,

A maquiagem em vão se desvanece,

E o fardo pesado, sem trégua, aparece.

No trágico cenário urbano aflige-se,

A alma adolescente, pura e frágil,

Na perdição das ruas, versos ágeis

Descrevem a angústia que não cede.

Aliciadas por mãos vis que as seduzem,

Sem rumo, sem voz, sem perspectiva,

Caminham as pobres meninas cativas

Na teia de um destino que as confunde.

E a sociedade cega se omite,

Diante da miséria que as consome,

Sem oferecer-lhes um abrigo.

Assim, o lamento em versos se entrelaça,

Na trama cruel que as aprisiona,

Num drama sem saída que as abraça.

No seio árido do Nordeste escorre

A trágica sina das crianças pobres,

Da fome cruel que, sem piedade, as cobre,

Num cenário de dor que o coração corroe.

Sem ventura, sem voz, o choro ecoa

Pelos campos áridos onde a seca impera,

É a simples existência numa taperá

Por um milagre que a vida abençoa.

Entre palhas ressequidas e terra ressecada,

As crianças sofrem a dor da privação,

Numa dança cruel que a miséria desenha.

E a sociedade, indiferente e calada,

Permanece alienada à situação,

Deixando a fome e a dor marcar a pele assombrada.

Nos tristes dias em que a miséria grassa,

A tragédia social se faz presente,

Afetando a educação, a vida, a graça,

E tolhendo o futuro de toda gente.

As crianças e jovens, sem direção,

Sem acesso à cultura e ao saber,

Perdem-se nas sombras da opressão,

E sem opção, sucumbem ao sofrer.

A saúde sucumbe à adversidade,

A educação se torna um fardo pesado,

E o lazer é um sonho distante na verdade.

Assim, o ciclo vil se perpetua,

Com a certa classe que, com crueldade,

A miséria autoriza e insensata atua.