É Fogo que Arde
Para interação com a poetisa
Geisa Alves, no soneto Ardência
Mote:
“Não se extingue a febre em que me abraso!”
“Arde-me o amor nas cores do crepúsculo!”
Glossa:
“Não se extingue a febre em que me abraso!”
Até o fim da vida é sempre chama.
Um fogo que incendeia nossa cama
Seja ao nascer do sol, ou no ocaso.
A lua lá no céu vê nosso caso
E ardendo de ciúmes logo exclama:
Quem dera fosse eu aquela dama!...
Se no seu tempo o sol desse um atraso!..
Como na lenha o fogo faz braseiro,
O nosso amor é quente o dia inteiro,
E essa história não cabe num opúsculo.
A estampa que apresenta o sol da tarde,
Esbraseando o mundo... É o amor que arde,
“Arde-me o amor nas cores do crepúsculo!”
Juazeiro, 13 de março de 2024.
Humberto Cláudio do Patrocínio