POETA NA RETRANCA. Poema "soneteano"

Versos: 14 decassílabos.

POETA NA RETRANCA

Autor Valdir Loureiro

Sempre estou sendo achado em flagrante,

Escrevendo um poema concentrado.

Quem me vê junto à mesa, eu reservado,

Pensa logo em um estranho delirante.

Na retranca, sou eu mais um amante

Da poesia que mora no meu peito;

Dorme comigo e acorda-me no leito;

Ou me inquieta, ou me serve de calmante.

Se me vissem, botando verso em ordem

Antes dos passarinhos que se acordem,

Então diriam: "Esse é um lunático...".

Mas ah como eu me sinto bem assim

--- A pensar nas pessoas e em mim ---,

Sem extremo dinâmico nem estático!

VALDIR LOUREIRO
Enviado por VALDIR LOUREIRO em 20/03/2024
Reeditado em 22/03/2024
Código do texto: T8023738
Classificação de conteúdo: seguro