O outro“Eu”
A rigor, a vida não faz mais sentido
E a vida aqui não tem qualquer perícia
A rigor, o eu que nos apoia é obra fictícia
Prende a noção no olhar do outro escolhido.
Tecer a aliança que muda o dia lido
Que se constitui no labor da notícia
Inevitável afirmação da vida e astúcia
Apoiam o homem num ser só e encolhido.
Aflito peito em mãos alabastrinas
Selvagem devoção das peregrinas
Caladas que encaram a tempestade.
Coração da escuridão das retinas
Sangrando no peito apaixonado
Torpes feras o devoram calado.