O outro“Eu”

A rigor, a vida não faz mais sentido

E a vida aqui não tem qualquer perícia

A rigor, o eu que nos apoia é obra fictícia

Prende a noção no olhar do outro escolhido.

Tecer a aliança que muda o dia lido

Que se constitui no labor da notícia

Inevitável afirmação da vida e astúcia

Apoiam o homem num ser só e encolhido.

Aflito peito em mãos alabastrinas

Selvagem devoção das peregrinas

Caladas que encaram a tempestade.

Coração da escuridão das retinas

Sangrando no peito apaixonado

Torpes feras o devoram calado.

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 19/03/2024
Reeditado em 19/03/2024
Código do texto: T8023591
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