Desalentos
Uma alma em profundo desalento
Buscando ternura em qualquer canto
Faz o pensar ainda mais lento
Voam pássaros em um raro bando
Choro por dentro e por fora
Estou me afogando em um rio
Não vejo logo que passe a hora
E que tudo logo assim seja finito
Levantei de um tombo com discrição
Não posso mais viver nesta condição
Ao vento joguei todo este pranto
Percebi com olhar mais atento
Que com a passagem do tempo.
Eu possa fazer ouvir o meu canto.