O dançarino
O toco, e sinto chispas de eletricidade
Fluírem de teu corpo ao meu, belo menino;
O toco, e sinto um quê de primevo e felino
Em tua fluidez e elasticidade.
Derreto-me ante a maleabilidade
De teus membros, encantador dançarino
A fluir entre humano e felino
Com quase mágica flexibilidade.
Quem sabe um dia haverei de segurá-lo
E assim unidos coração a coração
Até a morte não haverei de soltá-lo –
Unidos, sempre, coração a coração,
À morte, e além dela, haverei de amá-lo,
Dançando no embalo de uma só canção…