QUEBRANDO ALGEMAS

Do pouco que resta em ti, sinceridade,

foi bom que tenhas dito : Nunca mais!

De mim sempre ouviste a bem verdade

por isso agora não te iludirás jamais!

Também não me roubarás a mocidade,

se me enganaste, já ficou pra trás;

tuas amarras como um navio no cais

eu suportei; tens agora nas mãos a liberdade.

Quebraremos hoje, finalmente, as cadeias,

meus desejos que eram tua senzala;

apagar-se-á a luz dessa candeia.

Vamos acenar sem remorso nosso lenço,

desfazer em outro quarto nossa mala,

esperar queimar a vida como incenso...

Chaplin
Enviado por Chaplin em 03/01/2008
Código do texto: T801927