Tudo e Nada


Às vezes penso num problema agudo
que se apresenta em conclusão ousada:
se tudo fosse transformado em nada,
o nada a resultar seria tudo.

Assim pensando, pelo meu estudo
ficando tudo transformado em nada,
a extensão de um vazio sem conteúdo
teria de existir, não anulada.

No lance tudo-ou-nada, assim podemos
notar que a relação dos dois extremos
nos transporta a um final cartesiano:

se a gente constatar "nada ficou"
e, daí, concluir "tudo acabou",
o nada sobrará, se não me engano.

Edson Freire
Enviado por Edson Freire em 03/01/2008
Reeditado em 09/11/2012
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