A menina e a fonte
Perto da minha casa, onde eu morava
Nos meus tempos de infância, de menino
Uma nascente havia, um pequenino
Fio de água que naquele chão brotava;
No amanhecer, quando o sol desfraldava
Clareando aquele solo agrestino
Uma menina de corpo franzino
Para a fonte, descalça, caminhava.
E ao voltar, trazendo nos seus braços
O cântaro de água transbordando
Vinha cansada, com os membros lassos;
Mas ao ver uma flor, ia regando
Matava a sede de aves, dos sanhaços
...e no caminho a água ia ficando!