FÉ
Que força tão grande e misteriosa
soprando em meus ouvidos o segredo...
Enredos duma peça gloriosa,
poderosa me faz seguir sem medo...
Sustenta meus tremores mansamente,
no quente abraço arrefece o meu frio...
No estio do deserto é a semente,
que brota colorindo meu vazio...
Ó fé, que me faz crer mesmo no pranto,
a quem eu canto quando a noite é escura...
Nessa ternura então resgato o encanto
e é nessa fé que meu futuro eu canto,
onde me curo e desfruto da fartura,
diluindo o temor e meu espanto!