Uma lágrima

Oh! Pura, efêmera, enferma face,

que uma lágrima triste desperdiça,

solta ao vento, aberto o enlace,

ao mesmo tempo, a dúvida atiça.

E, então, no alvo lenço que me roubaste,

enxuga a lágrima assim roubada,

pela paixão o apego que jogaste,

sem sentido, do nada, abandonada.

E se vai do rosto toda esperança,

como a chuva que é paixão vindoura,

guardada no alvo lenço uma lembrança

eterna, que com ela me enganais,

fazendo a dor da saudade duradoura,

aliada ao tempo que não termina mais.

JarbasTaboza
Enviado por JarbasTaboza em 09/03/2024
Código do texto: T8016125
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