No auge da descrença desta louca vida,
Sucumbe o bardo a tenebroso desalento!
Às vezes, em torpor, ouve a fala do vento
A lhe dizer que a dor de amor é repetida!
Mas, será que a existência é sempre revivida?
Partimos pro céu e voltamos pro tormento?
Pensativo ele, então, se indaga num momento,
Se tal crença é fantasia ou lei que elucida!
Não sabe o bardo qual corrente é verdadeira,
Sabe, entretanto, que tem como companheira
Essa amargura que parece eternizada!
Mas, que lhe importa donde vem o desengano,
Se o sofrimento, que em seu peito é quase insano,
É dor antiga dentro d! alma tatuada!