Quem pode matar a saudade?
Do meu peito que arde dolorido
De uma eterna e triste vontade
Que não foi na vida tão precavido
Saudade é como dor silenciosa
Bate num coração consternado
De uma vida, sim, que foi amorosa
Hoje ardente coração está atado
Ainda me resta uma lágrima caída
Uma gota de sangue ainda vertida
Um manto escuro se fez minh'alma
Um caminho tenho que percorrer
Se quiser ínfima vida sobreviver
Procurar o viés da minha calma.