LABIRINTO SEM SAÍDA
LABIRINTO SEM SAÍDA
Fechado pro mundo e aberto pra si
Porque em si acontece alegre festa
Então o povo latino americano sorri
Dentro do labirinto ele não contesta
Igual Teseu, segue orientado pelo fio
Entretanto, ignora que não há saída
Escapar do Minotauro é seu desafio
Desfruta da solidão na justa medida
Fica suspenso entre o céu e a terra
Oscilando na dialética: paz e guerra
Uma questão que se põe ontológica
Em contraparte à realidade histórica
Assim constrói a figura do libertador
Que dissimula a máscara do ditador
Marco Antônio Abreu Florentino
Soneto inspirado na obra prima da literatura universal ¨O Labirinto da Solidão¨, de Octávio Paz, poeta, ensaísta e diplomata mexicano, considerado um dos maiores escritores do século XX e um dos grandes poetas hispânicos de todos os tempos.
Apesar de não ter lido devido a dificuldade de adquirir o livro, tenho acompanhado os incontáveis comentários sobre a obra e a vida do autor, incluindo os trabalhos acadêmicos.
Na minha interpretação de viés filosófico, as considerações de Octávio Paz sobre o povo mexicano se estende para todo o universo latino, particularmente o Brasil, pela similaridade territorial, populacional e cultural.
Está na minha lista de leitura obrigatória depois de ¨Projeto 341¨, ¨O Pacto de Sangue¨ e ¨Brumas e Brenhas¨ do controvertido Ayala Gurgel, escritor potiguar da realidade fantástica, genuína e universalmente brasileira, que honra a tradição de Câmara Cascudo.
NOTA: Sugiro a leitura acadêmica:
Um dialogo com O labirinto da solidão e Post-Scriptum de Octavio Paz
Maria Alice Aguiar (Uerj/FFP)
https://youtu.be/v7AfjxHU8zs
(Guantanamera - The Sandpipers)