Ode à Lua
(A Stephanie Martins)
“…Ma tu mortal non sei,
E forse del mio dir poco ti cale.”
(LEOPARDI)
Amo-te, ó Lua! Mesmo que, tão só mortal,
Ao amor dos mortais sejas indiferente,
E o excesso de MEU AMOR insuficiente
Em demover-te de teu trono, afinal.
Nos píncaros do cosmo infinitesimal
Te dignas a ver-me e escutar-me, silente;
Pode ser que o faças relutantemente,
Pois… que fazer? Bem sei – sou tão só mortal.
Mas amo-te! E amarei-te, mesmo distante
De meu toque e minha voz, ó Lua bela,
Em plenitude prateada fulgurante!
Amo-te! E amarei-te sempre, ó Lua bela!
Pois, contemplando-te tão plena e distante,
A meu coração trazes a memória DELA!