As lavandeiras do "Rio Iguaçu"

 

Eu sou filha de uma nobre mulher lavandeira...

Que morava na margem daquele grande rio

Eu era uma criança e me banhava bem faceira

Naqueles dias quentes e também nos bem frios.

 

A minha cara mãe, por muitas vezes chorava:

Pelas enchentes em que o seu tanque perdia

Enquanto eu, criança, no velho bote navegava

Remava até cansar e, exausta, eu ainda sorria...

 

Nas aventuras infantis, vivíamos com alegria

Eu admirava os lençóis brancos nas campinas

Sendo alvejados nas luzes solares repentinas.

 

As mulheres valentes faziam com sabedoria

Nos cordões horizontais, estendiam as peças

No pôr do sol e felizes, recolhiam sem pressa.

 

 

 

 

 

Texto: Miriam Carmignan

Reeditando- nobres mulheres

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