SONETO (305)

Pela manhã, ao acordar e diante do espelho,

Procuro meu melhor olhar e pergunto:

Como estou? Qual será o melhor conselho?

As respostas não vêm e eu questiono.

Meu reflexo, em nada ajudou, nem mostrou,

O que esperava ouvir; apenas refletiu a dor,

Que trago no peito e o semblante revelou,

Quando estive diante do espelho manipulador.

É a distância que nos separa? Jamais saberei.

Serão os dissabores e as muitas mazelas?

Como saber se é um tempo que ainda viverei?

Hoje resta aceitar que a vida não são vielas,

Mas estradas longas com o curso perturbador,

Que sempre conduzem à razão do nosso amor.

MAZZAROLO ANGHINONI
Enviado por MAZZAROLO ANGHINONI em 04/03/2024
Código do texto: T8012261
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