Soneto Guru
Verdade seja dita: eu te amo, eu te amarei...
Com a força do meu coração que bobo dói
Na beleza intangível que me toca, arrasta,
O feito desse amor é tua existência, teu ar.
É incrível, é teológico, é científico esse amor...
Eu te percebo na natureza; em minh'alma.
Vem anjo de candura, e, sorrir pra mim?!
Vem espectro da paixão e dilacera o baluarte!
Ascende o fogo do pecado: e me beija agora.
Não perca mais tempo nessa quimera, vem...
Deslumbrada é a loucura que te desenhou:
Eu, navegador dos oceanos no inferno, te vi;
Ao Paraíso na visão tal celeste que me salvou.
Sem entender o amor, eu te amei tão caído.
Se no precipício a ciência teve misericórdia...
Não posso mais ser: um tolo por não querer-te.